quarta-feira, 20 de julho de 2016

Desparasitação interna e externa, em cães e gatos

O que é a desparasitação interna e externa?
Desparasitantes são produtos que têm um efeito tóxico para parasitas, mas que são inócuos para os nossos animais, quando dados nas doses recomendadas. Dependendo se o objecto é eliminar parasitas internos (por ex. lombrigas intestinais) ou externos (pulgas, carraças, ácaros ou insectos voadores) o desparasitante diz-se interno ou externo.

Porque é que eu devo desparasitar o meu animal de estimação?
Porque sai mais barato prevenir uma doença, do que tratá-la. Porque é uma questão de saúde pública (por exemplo, ao evitar que um animal de estimação se contamine a partir do nosso patudo). Porque um animal com parasitas não vai responder a uma vacina tão bem como poderia, e corre o risco de adoecer.

Como é que é feita a desparasitação interna?
Os desparasitantes internos são por norma administrados por via oral (embora nem sempre). Por norma os cachorros e gatinhos são desparasitados na primeira consulta, que costuma ocorrer depois das 6 semanas de vida. A desparasitação é repetida de 15 em 15 dias até aos 3 meses; entre os 3 e os 6 meses de vida, a desparasitação é repetida mensalmente. A partir dos 6 meses de idade, a desparasitação é realizada a cada 3 meses durante o resto da vida.

Há alguma situação em que pode ser realizada com mais frequência?
Sim, se o paciente estiver seguramente com parasitas, pode-se recorrer a um protocolo mais "intensivo", se o veterinário assim o entender.

Como é que é feita a desparasitação externa?
Há várias alternativas. Há pipetas (com administração cutânea, por norma mensalmente), comprimidos (frequência de administração varia consoante o produto), e coleiras. É bastante importante aconselhar-se junto do seu veterinário para saber exactamente qual o produto ou produtos que deve utilizar. Há produtos que são muito bons para alguns parasitas, mas que podem não ser para outros. Há produtos mais caros, e outros que podem ser mais baratos mas menos eficientes. Nem todas as coleiras repelentes são eficazes. Em caso de dúvida, pergunte ao seu veterinário assistente qual a sua opinião, e para tentar encontrar a melhor solução.

Há algum cuidado a ter com os desparasitantes externos?
Há sim. Muita atenção com as doses de produto (a quantidade de desparasitante está relacionada com o peso do animal) e sobretudo, muito cuidado em não administrar desparasitantes de cão a um gato.

Não posso mesmo dar uma gotinha da pipeta do cão ao meu gato?
Não, não pode de modo algum. Um gato pode começar a entrar em convulsão, e pode morrer. Caso se engane, remova o produto com detergente e água, e dirija-se imediatamente ao veterinário. Conte o que aconteceu sem qualquer tipo de problemas. Ninguém o vai julgar, e a única preocupação do veterinário é mesmo salvar uma vida.

Eu só coloco o desparasitante das pulgas no Verão, para poupar algum dinheiro. Faço mal?
Lamento, mas está a cometer um erro. Em primeiro lugar, arrisca-se a que o seu cão apanhe pulgas de outros cães. Muitos cães são alérgicos à picada da pulga, e começam a morder-se para lidar com o prurido. Nos casos mais graves, podem ter de tomar anti-inflamatórios e antibiótico, que sairão sempre mais caros do que o desparasitante. Por outro lado, um cão ou um gato pode apanhar pulgas o ano inteiro. Sai sempre mais barato prevenir que tratar.

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